domingo, 21 de dezembro de 2014

CONSIDERAÇÕES ACERCA DO TERMO “SOFRÊNCIA”


Eu sinto que tenho a missão de elucidar o planeta sobre temas polêmicos e em voga: não pude, portanto, ignorar a ascensão do termo "sofrência". Aliás, faço isso mais por mim que por vocês: desde que ouvi tal termo, nunca mais o tirei de minha cabeça. Aqui mostrarei os resultados que obtive nas minhas longas pesquisas sobre o assunto: 

Sofrência vem do latim “sofrencius”, que significa “dor, sofrimento, angústia profunda e matadora”, tipo “Sabe cachorro sem dono, Correndo na rua sem endereço?” Então, sofrência é exatamente isso.

Sofrencius foi termo largamente utilizado por Pero Vaz de Caminha em carta endereçada ao monarca D. Manuel I, de Portugal, em 1500, para descrever o que encontrara nas terras tupiniquins. Transcrevo trecho: “E essas índias, hein rei? Que sofrencius maravilhosa!”

Tal termo tão eloquente caiu no esquecimento por séculos, sendo ressuscitado em 2014 por Cristiano Araújo, cantor sertanejo brasileiro de grande interesse em documentos históricos, que acabou lendo a carta para concluir sua tese de doutorado. Foi cativado pelo termo “sofrencius”, e o traduziu para um português atual e coloquial, fazendo-nos apaixonados pela sofrência também.

Podemos conferir a música intitulada “Sofrência”, de Cristiano, em qualquer rádio do país em qualquer momento. Reproduzo aqui um trecho que sinto que capta a essência “sofrencius” do ser:
“Hoje eu só quero que você me tire
Dessa sofrência
Que me arrasa
Que me esmaga
Que me pega e joga no chão”

Acho que esse texto está com ares muito acadêmicos (talvez pela influência do estudioso Araújo), então fornecerei exemplos visuais pra vocês perceberem a sofrência junto comigo: vocês vão sentir a sofrência, tocar a sofrência.



Vocês não vêem a sofrência pela qual essas duas mulheres estava passando quando decidiram sair de casa usando essas vestimentas? Vocês acham que tava tdo ok na vidinha cor de rosa delas? NÃO. A moda foi o jeito delas mostrarem pra vocês o quanto elas estavam como cachorros vagando sem endereço. Eu vejo a alma da Ana Maria se derramando em cada lantejoula daquele sutiã, eu vejo Katie deitada no carpete do seu escritório pensando "AI QUE SOFRENCIAAA TER QUE COMER PLACENTA" usando esse vestido mostarda. Você também vê?

Imagina a sofrência pela qual Thor, filho de Eike Batista passou pra parecer o "Coisa" o Quarteto Fantástico? #NOSOFRENCIANOGAIN. 
Imagina a sofrência sua ao entrar no Instragram e ver essas fotos no "Populares"? PREFIRO A MORTE.

Thammy Maravilha, nova (e ex) integrante dos Bonde das Maravilhas também é exemplo de sofrência em forma de dançarina. Ela foi chamada para o célebre grupo após duas integrantes dele engravidarem juntas (Karol Plosh e Renatinha) e engravidou uns dois meses depois kkkkkkkkkkkAí, á que a sofrencia TEM que ser compartilhada ("sofrência is only real when shared", famosa frase do filme "Into the Wild"), ela soltou uma nota nos informando sobre o caso: "Venho meio a declarar a fãs que eu, Thammyzinha, não estou mais no 'Bonde pelo fato de que no ano que vem eu irei ser mamãe."Olha Thammy, ser mãe é lindo, mas não sei se vc vai realmente ser mãe porque você meio declarou. Vou esperar a declaração inteira (às vezes não saiu o resultado ainda, ela só tá supondo).



Espero que minha explanação sobre a sofrência não tenha ficado muito longa: mas é que temas complexos devem ser tratados de forma complexa.
Um 2015 sem sofrência pra gente, são meus votos.

domingo, 30 de novembro de 2014

Look Invejinha: Boho


Taí uma tendência que não caiu, e eu tô agradecendo demais por isso. O estilo boho tá a cara vermelha descascando desse verão, então tá aí um look inspiração pra todo mundo fazer umas selfie nervosa na praia de fim de ano. Não é a coisa mais linda??

Aqui tão os links (de preço amigável) pra quem quiser fazer a Vanessa Hudgens:

Óculos Redondo
Macaquinho
Colete de Franja
Colar

:***

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Glamourrr

Faz dois meses que ando comprando a revista Glamour (porque faz dois meses que comecei a trabalhar, então faz dois meses que não passo mais fome e posso me dar até ao luxo de comprar uma revista que custa 7 reais).

A revista é legal e todo mais, os editoriais são bonitos, não posso comprar as roupas que estão lá, mas também, não poderia comprar se fossem mais baratas. Sou leiga em moda (não é mistério pra quem já viu como me visto rs), mas esse é um assunto que me interessa, e digerir revistas mais especializadas como a Elle não é tão minha praia.

Mas bom, esse texto é mais uma crítica, não é nenhum lamento sobre minha falta de estilo. Como eu disse, faz dois meses que comprei a revista, e já na edição de setembro, em meio a tantos editoriais coloridos, eu vi uma coluna escondidinha, bem discreta, no canto de alguma página, falando sobre o que é in e o que é out.

Não, eu não esperava nada diferente de uma revista de moda. Moda é, basicamente, o que nos faz descartar roupas a cada estação.  Moda é o movimento que faz você achar que “é melhor comprar esse vestido laranja, porque é a cor do verão”,  mesmo  tendo achado o azul mais bonito. Moda é essa fumaça subjetiva que faz você expressar seu íntimo, seu humor diário, porém de forma ditatorial, cheia de limites e recortes.

Mas como eu disse: quanto a roupas, acessórios etc, isso já é esperado. Nós já estamos psicologicamente preparados para tudo isso, seja com um cartão de crédito com um limite generoso ou em, simplesmente, injeções de auto estima para que a gente sobreviva à falta de enquadramento aos padrões de forma saudável ou às estampas da estação.

diquinha motivacional by Jenny

Mas na coluna de setembro, a Glamour nos falava sobre “o que é cool para se beber numa balada”. Não me recordo o que era “in” para se beber num barzinho, e a preguiça me impede de ir buscar a revista para checar, mas poxa, sério? Vocês vão controlar o que eu bebo, e não vão nem disfarçar toda essa com uma desculpa de ser algo mais saudável, ou menos calórico, sei lá. Eu simplesmente não posso beber (exemplo) um whisky, porque vocês não acham legal. Vocês acham fora de moda. Tenho que beber batidinha de frutas cítricas, mais a cara do verão.


Sabe, você deve comer, beber, o que você quiser. Me permita generalizar: você deve fazer o que quiser, em qualquer circunstância. Quer ficar bêbada de álcool de posto de gasolina? Olha, não aconselho, a ressaca deve ser péssima, mas se é o quer, faça isso. As pessoas já controlam parte demais da nossa vida, e mesmo que a gente se ache auto-suficiente, de pensamento independente, um pouco do que a gente é, faz, veste, sempre tem uma parcela de pitaco dos outros. Tente diminuir essa porcentagem ao mínimo. Tente chegar o mais perto possível do 100% você (é brega, mas pelo menos não estampei isso numa camiseta, imagina o quão out seria?).